quarta-feira, 31 de março de 2010

Criações Fashion's


Jean-Paul Gaultier fez trajes para a cantora Madonna na década de 1990. Promoveu o uso de saias, especialmente kilts, para os homens. Causou grande impacto nos desfiles ao usar modelos pouco convencionais, como homens idosos e mulheres gordas, modelos tatuadas e com piercings, entre outras excentricidades. Isto lhe valeu muita crítica, mas também trouxe muita popularidade.

Criou também o figurino de muitos filmes, como em O quinto elemento, de Luc Besson; Kika, de Pedro Almodóvar; e The Cook the Thief His Wife & Her Lover, de Peter Greenaway entre outros. A turnê Blond Ambition Tour de Madonna também mostrava suas criações, incluindo o famoso soutien em formato cônico.
Atualmente desenha para três coleções: a sua própria linha de alta costura, a linha de roupas para lojas, assim como a linha de roupas da Hermès, luxuosa empresa francesa especializada em produtos de couro.
Gaultier também lançou uma linha de perfumes de muito êxito. Seu primeiro perfume, Classique, para mulheres, foi lançado em 1993, seguindo-se, dois anos depois, o perfume Le Mâle, para homens. Atualmente lançou o perfume Madame.
Suas roupas misturam fantasia e malandragem com o charme das estrelas de cinema. O público jovem é fiel as suas criações que, às vezes obedecem ao rigor clássico e, em outras, são brincalhonas, como os saltos de sapatos como forma da Torre Eiffel invertida.

Após 26 anos, o estilista francês Jean Paul Gaultier volta a fazer uma parceria com a marca brasileira Melissa. Diferentemente do tênis de plástico lançado em 1983, o designer criou desta vez uma sandália com salto agulha e tiras trançadas. Detalhe: o calcanhar é feito com plástico 100% reciclável.

"Trabalhar com a Melissa foi um coup de pied à la mode (tradução livre: um pontapé na moda)", afirmou Gaultier ao site americano Stylelist. "Adorei o desafio de criar um sapato de salto alto de plástico com todos os valores da minha concepção ética", completou.
Referências Bibliograficas:
A moda no século XX. Maria Rita Moutinho; Máslova Teixeira Valença
Ed. Senac Nacional, 2000.

Bibliografia




O designer francês nascido em 1952, teve na sua avó materna, uma esteticista dona de um salão de beleza, a pessoa que mais o influenciou quando era criança, Jean Paul estava fascinado ao ver as mudanças experimentadas pelos clientes de sua avó, depois de passar por suas mãos, instigando sua criatividade. Como gosta de contar, sempre preferiu vestir, pentear e maquiar seu ursinho de estimação, Nana, do que participar de um jogo de futebol entre seus amigos. Logo ele começou a desenhar croquis, um hobby que levou 18 anos para obter assento no mundo da moda.Começou enviando seus desenhos aos estilistas famosos de alta costura quando era muito jovem. Pierre Cardin se impressionou pelo seu talento e o contratou como assistente em 1970. Um designer que ofereceu grandes oportunidades ao estilista, Cardin era capaz de mudar uma coleção na última hora, e esse tipo de imprevisibilidade encantava o irrequieto Gaultier, sua primeira coleção individual foi lançada em 1976 chamada Bric et Broc, tendo roupas feitas de tapetes, de ráfia, tutus de bailarina e jaquetas. As críticas não foram muito favoráveis, a rejeição não durou muito. Em pouco tempo, o estilista passava a ter suas loucuras não só aceitas, mas disputadas. Seu característico estilo irreverente data de 1981, tornando-o conhecido como “Enfant Terrible da modafrancesa.” Até ter seu próprio ateliê, ele ainda trabalhou para Maison Patou, onde seu estilo irreverente definitivamente não encontrou espaço. Através de todos os seus “shows” Jean Paul Gaultier tenta transmitir a idéia de espetáculo total nelas, a música, o ambiente e a decoração são para formar um todo que deixa claro que sua mensagem está sempre ligada a uma atitude, com o lema "faça o que quiser", de bandeira. Em 1987, a França reconheceu o seu talento, dando-lhe o Oscar da Moda, um evento que começou a escalada de prêmios que passa através da Agulha de Ouro, concedido na Espanha.